Campanha eleitoral

Ainda falando em eleições, agora que acabou a propaganda eleitoral (pelo menos a dos candidatos a vereador e, no que se refere aos candidatos a prefeito, a do primeiro turno), duas foram as coisas que mais chamaram a minha atenção nesses dois últimos meses.

Nem vou falar do baixo nível dos candidatos (moral, ético, intelectual e até estético). Falar o quê? Vinte anos de Constituição – que deu uma autonomia aos municípios que nenhuma outra antes (“nunca na história desse País…”) deu -, e ninguém nem sabe qual é o verdadeiro papel do vereador. É sempre mais do mesmo: todos querem acabar com a “bandalheira” – que só é bandalheira porque eles não estão nela, claro.

O que mais me chamou a atenção, mesmo, foi, primeiro, a desordem urbana, legado mais evidente do atual alcaide, que se satisfez com o Pan e desistiu de administrar a cidade, e, segundo (e mais importante), as práticas medievais dos cabos-jagunços-eleitorais de determinados candidatos que voltaram aos bons tempos do voto de cabresto, dos currais eleitorais e do controle dos meios de informação. Ou eles achavam mesmo que achacariam donos de banca de jornal e comprariam 30 mil exemplares de jornal e ninguém saberia o que aconteceu, ou teria acesso às reportagens?

Alguém precisaria dizer a esses gênios (que devem ter pensado: “aí, mandamos muito!”) que jornal de papel, hoje, é só mais um meio de comunicação.

E isso é no Grande Rio de Janeiro… imagina como não é no interiorzão do país.

3 comentários sobre “Campanha eleitoral

  1. Pelo menos agora não tem mais aqueles galhardetes pendurados nos postes, as ruas não tem ficado tão sujas… Mas viva a autonomia dos entes minúsculos! Num país em que cada somatório praça+igreja+padaria vira um município já era de se esperar um debate político desse nível! Por fim, quero fazer uma menção honrosa ao município putativo de Luis Eduardo Magalhães e a liberdade de escolha do povo luiseduardense! Charles de Gaulle tinha toda a razão: O Brasil não é um país sério.

  2. Você não foi a Bacabeira nem viu a propaganda eleitoral obrigatória de São José (ou seria São João?) do Ribamar…

    Graças a Deus!

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