Atrações de Gramado

Gramado é uma cidade com uma estrutura turística bem desenvolvida, pronta para agradar casais, famílias, crianças e idosos. Há muita coisa para fazer, não só lá, mas nas cidades vizinhas também, para todos os gostos: de um simples passeio de pedalinho a arvorismo e tirolesa, passando por museus, passeios de trem, parques de diversões, cachoeiras, restaurantes e vinícolas.

As atrações, em geral, estão espalhadas pela cidade, e em outras cidades da região, por isso é interessante ter um carro à disposição, seja alugado, seja um táxi contratado para o período. Eu sempre prefiro alugar um carro, que garante liberdade de locomoção muito maior, especialmente em lugares em que há boas distâncias a percorrer de uma atração para outra, e a circulação é fácil. Além disso, para quem vai com crianças, como fomos, a inclusão de uma cadeirinha influencia muito pouco no preço do aluguel. E qualquer GPS de telefone celular vai ser mais do que suficiente para ninguém se perder.

Visitamos quase todas as atrações da região em cinco dias, o que é um bom tempo para se fazer tudo com bastante calma, mas algumas realmente não valem a pena, seja porque são caras, seja porque simplesmente não oferecem nada interessante que justifique sua visita. Outras, porém, deixamos de visitar porque não dá para ir com crianças, e mais algumas dependem do estado de espírito do turista.

É importante saber que, em geral, a estrutura para uso de cartões de crédito em Gramado é um pouco limitada. As atrações, em geral, aceitam dinheiro, e algumas, cartões de débito, e nenhuma aceita cheques. Por isso é bom levar dinheiro – há agências dos maiores bancos do país lá, ninguém vai passar aperto. Também é bom ter em mente que as atrações – todas – funcionam até, no máximo, 18 horas, e várias fecham para o almoço, das 11h45 às 13h45; depois das 18 horas o movimento na cidade cai bastante e é a hora de se procurar um bom lugar para comer.

Para o visitante que não conhece Gramado – ou que, como eu, ficou muito tempo sem ir -, é interessante começar a visita com o passeio de jardineira que sai da Avenida das Hortênsias e faz um tour de aproximadamente duas horas. As saídas são às 9h30, 11h30, 14h e 16h, o ingresso custa R$ 16 – há hotéis que dão cupons de desconto no valor de R$ 1 por pessoa – e crianças de colo, como o João Guilherme, não pagam. Um guia muito simpático mostra algumas atrações e conta algumas histórias interessantes sobre a cidade, sua história e seus habitantes, com um merchanzinho básico, porque, né?, ele também é filho de Deus. É legal para dar uma visão geral do lugar, e descartar logo de cara o que não for lá grande coisa, na opinião do turista.

O passeio de jardineira inclui uma parada de meia hora no Lago Negro, tempo bastante para tirar fotos legais, e, talvez, comprar chocolates – mas, francamente, ali eles são mais caros e menos gostosos do que no centro -, mas não o suciente para navegar pelo lago nos pedalinhos de cisne (para duas ou quatro pessoas) ou nas caravelas (para quatro e até seis pessoas). Falaremos do lago depois.

Porém, quem já tem alguma noção do que ver na cidade, ou não quer ficar duas horas passeando de jardineira, já pode partir direto para ação visitando as atrações mais conhecidas de Gramado, além das que estão ao “ar livre”, como o Palácio dos Festivais, a Igreja de São Pedro Apóstolo, a Rua Coberta, a Casa do Harry Potter e a Calçada da Fama, já mencionadas no post da semana passada. Falo do Mini Mundo, da Aldeia do Papai Noel, localizado no Parque Knorr (nada a ver com a marca de condimentos), e do próprio Lago Negro.

Mini Mundo

Mini Mundo

O primeiro lugar que visitamos foi o Mini Mundo, aberto diariamente, das 10h às 18h, com ingressos a R$ 18 – crianças menores de 2 anos não pagam, maiores de 2 anos, até 1,20m de altura, pagam R$ 9. Ele começou como uma brincadeira entre um imigrante alemão, Otto Höppner, e seus netos. Ele construiu, ao lado do hotel que a família mantinha, uma pequena área de lazer, com uma casinha de brinquedo e alguns balanços. A brincadeira cresceu e o lugar ficou pequeno. Para montar mais coisas, Otto escolheu um novo lugar e reduziu a escala das minuaturas, e logo surgiu uma pequena cidade, 24 vezes menor do que o tamanho real.

Mini Mundo

Mini Mundo

Interessante é que, à medida em que o Mini Mundo cresceu, ele ficou meio descaracterizado. Por exemplo, junto à cidade alemã que ele representa há miniaturas de pontos turísticos do Brasil: o Museu do Ipiranga, em São Paulo, e a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, Minas Gerais. Lindos, e impressionantes pela riqueza de detalhes, mas meio que deslocados do contexto original do parque, na minha opinião. Também há uma réplica do aeroporto de Bariloche, na Argentina, um pouco mais acima, o que deixa tudo um pouco confuso.

Réplica do Museu do Ipiranga, de São Paulo

Réplica do Museu do Ipiranga, de São Paulo

Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto, MG

Igreja de São Francisco de Assis, de Ouro Preto, MG

Apesar disso, é bem legal… para os adultos. João Guilherme não deu a mínima importância, e qual não foi a minha surpresa ao perceber que não só ele, mas praticamente criança nenhuma estava se importando com as miniaturas. E olha que elas são animadas, os trens vão e vem, guindastes se mexem, coisa e tal. Mas, ao contrário do que eu imaginava (e muitos pais também), o Mini Mundo é uma atração para adultos – as crianças só querem saber do playground que fica à esquerda da entrada, com aqueles escorregas, gangorras e similares de plástico que podem ser encontradas em qualquer lugar. O comum é ver pais e avós curtindo o cenário e as crianças impacientes querendo sair ou brincando no parquinho. Realmente é bem legal, mas uma hora é tempo mais do que suficiente para você esgotar o parque.

Falaremos das outras atrações de Gramado no próximo post.

Bobeatus FM – Tocaê!

Atendendo a um pedido do Leandro, Raul Seixas, com “Cowboy Fora da Lei”. Este clipe foi feito na época em que era o Fantástico que produzia e lançava clipes de músicos e bandas nacionais. Triste notar como eles estragavam músicas legais com clipes que não conseguem nem ser toscos, são simplesmente ruins. Mas era o que tinha naquele tempo.

Gramado

20130213_193900

Se você, como eu, adora os dias de folga do carnaval mas não gosta de samba, não tem saco pra ver os desfiles no Sambódromo e foge dos blocos que juntam cada vez mais gente e deixam cada vez mais lixo nas ruas, uma viagem para Gramado, no Rio Grande do Sul, pode ser uma ótima opção para uma escapada do Rio de Janeiro. Distante 120 quilômetros de Porto Alegre, a cidade mais famosa da serra gaúcha fica na Região das Hortênsias, a 830 metros de altura em relação ao nível do mar, e oferece ótimas opções de lazer para adultos e crianças. E o que é melhor: sem um mísero sinal das festividades de Momo. Aliás, se eu não soubesse que era carnaval continuaria sem saber, porque os gramadenses não dão a mínima importância para a data.

O Kikito, premiação máxima do Festival de Cinema de Gramado, na Avenida das Hortênsias

O Kikito, premiação máxima do Festival de Cinema de Gramado, na Avenida das Hortênsias

Não há aeroporto em Gramado, então quem quiser ir para lá tem de seguir de avião até Porto Alegre ou Caxias do Sul, a 69 quilômetros de distância. De lá saem ônibus que levam diretamente à cidade (há transporte partindo do próprio aeroporto da capital gaúcha), mas ir de carro é uma opção mais interessante, porque há muitas atrações nas cidades próximas, como Canela (6 km), Nova Petrópolis (35 km) e, principalmete, Bento Gonçalves (118 km). E quem quiser aproveitar a estadia para fazer um circuito enólogo, vai estar a apenas 82 quilômetros de Novo Hamburgo.

A RS 115, principal e mais curta estrada de acesso a Gramado, faz parte da chamada “Rota Romântica”, que deixa Porto Alegre e passa por Novo Hamburgo e Taquara. É uma serra pouco sinuosa, de mão dupla, asfalto razoável e sinalização ruim, com pedágio (R$ 7,90) e cercada de hortênsias, que florescem no verão. Descobri que as hortênsias, inicialmente, não têm cor, mas assumem uma tonalidade diferente, a depender da composição química do solo – se a terra for ácida, ela será rosa; se for alcalina, azul.

Gramado não é grande – tem aproximadamente 35 mil habitantes e 237 quilômetros quadrados de área. Por isso mesmo, é bonita, limpa, organizada e calma. Suas construções são baixas, por força de uma lei que, afirmam os locais, estabelece que o gabarito máximo de nenhuma construção da cidade pode ultrapassar a altura da araucária madura (procurei mas não encontrei essa lei), e trânsito é tão tranquilo que não há sinais de trânsito e todos os cruzamentos são organizados por rotatórias, nas quais todos observam uma regrinha básica de trânsito que há muito tempo é desonhecida por aqui: quem está contornando tem sempre a preferência. Além disso, os motoristas sempre param nas faixas para que os pedestres atravessem as ruas.

As duas principais avenidas de Gramado são a Borges de Medeiros e a das Hortências. A primeira, muito mais bonita, concentra o principal do comércio da cidade, as lojas mais importantes e chiques e as principais chocolaterias; a segunda, comum até demais, abriga os principais restaurantes da cidade, especialmente os que servem sequências de fondue na pedra, massas e comida alemã. A Borges de Medeiros (ou simplesmente “Borges”) é o acesso para quem chega de Porto Alegre, via Taquara, enquanto a das Hortênsias é a principal saída para Canela, Nova Petrópolis e Bento Gonçalves. No cruzamento das duas fica uma grande árvore de natal, representando o Natal Luz, um dos principais eventos turísticos da cidade, que vai de novembro a meados de janeiro.

Avenida Borges de Medeiros

Avenida Borges de Medeiros

É na Borges que está o Palácio dos Festivais, onde é realizado anualmente, no mês de junho, o Festival de Cinema, que em 2013 chega a sua 40,ª edição. Na calçada diante dele fica uma espécie de “hall da fama” do cinema nacional, contendo placas de bronze com marcas das mãos e assinaturas de muitos atores basileiros – no entanto, eu notei que há muito mais subcelebridades de talento duvidoso, como Max Fercondini ou Rocco Pitanga, do que atores consagrados.

O Palácio dos Festivais

O Palácio dos Festivais

A calçada da fama

A calçada da fama

Separada do Palácio por uma galeria comercial, fica a Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, com sua torre de 46 metros. Ela foi construída originalmente em madeira, e foi inaugurada em 1917, depois de oito anos de construção, e revestida em pedra basáltica em 1943. Em seu interior, extremamente simples, há vitrais que representam passagens da vida de Pedro ao lado de Jesus, e em seu pátio externo estátuas dos doze apóstolos, perfilados, acompanham o movimentos de fiéis e turistas.

A Igreja de São Pedro Apóstolo

A Igreja de São Pedro Apóstolo

O interior da Igreja Matriz

O interior da Igreja Matriz

O pátio da Igreja  Matriz

O pátio da Igreja Matriz

Em frente ao Palácio dos Festivais fica a Rua Coberta, uma grande praça de alimentação com bons restaurantes e algumas lojas, e ao lado uma praça aberta com bancos e muito verde, onde é legal sentar e passar o tempo acompanhando a moda. E um pouco mais distante está uma construção que, segundo os gramadenses, foi inspirada nos filmes de Harry Potter: é um pequeno shopping onde fica o único McDonald’s da cidade, e que, por enquanto, só tem ele funcionando. Parece pouco interessante, mas é divertido e chama a atenção.

Rua Coberta

Rua Coberta

A “casa do Harry Potter”

Céus!

"O Globo" online, 15-02-2013

“O Globo” online, 15-02-2013

(Ficou bolado? Clique aqui e confira.)

Como se isso não bastasse, também ontem, à tarde, um asteróide passou de raspão pela Terra. Se ele tivesse atingido o solo, o impacto seria semelhante ao de uma bomba atômica.

Teriam os Maias se antecipado, ou nós que nos atrasamos?

A maldade está no ouvido de quem ouve

Um conhecido meu tem um filho em idade de alfabetização. Outro dia, ele me contou, rindo muito e bastante orgulhoso, que o filho havia sido chamado à sala da direção da escola por conta de um acontecimento inusitado na sala de aula.

As crianças estavam estudando sílabas com a letra C. A professora, na sala, escreveu no quadro e ficava repetindo: “c com a, ca”, “c com e, ce”, “c com i, ci”, “c com o, co”. Tudo normal, sem nada de mais, até que uma das crianças, o filho desse conhecido, deu por falta da última sílaba e observou, na maior inocência:

– Professora, a senhora esqueceu de dar o cu.

Por causa disso, o garoto havia sido levado para a sala da diretora e seria suspenso por ter “desrespeitado a professora”. Mas, como forma de assegurar a “ampla defesa” do moleque, ele, o pai, havia sido chamado “para conversar”.

“Caramba, Edu!”, ele me disse, em termos um pouco menos educados. “Poxa! ela era a única adulta na sala de aula, nenhuma criança viu malícia, maldade ou desrespeito no que meu filho disse. Se tem alguém com problemas ali é ela, que é uma pseudomoralista tarada enrustida! Eu disse isso para ela e ainda falei que estava começando a considerá-la uma má influência para o meu filho, porque ela parecia ter pensamentos sexuais latentes, que surgiam com frases inocentes de crianças, além de ser uma má professora, porque ela não o estava alfabetizando direito. Acabei fazendo ela se sentir uma pedófila incompetente!”

No fim das contas, o aluno não foi suspenso e a professora deu o cu – pelo menos no que se refere à gramática.

História de carnaval

No carnaval de 2007 a Unidos de Vila Isabel ficou em sexto lugar na apuração, o que lhe deu o direito de participar do desfile das campeãs, no sábado. A prima da Fê, que havia participado do desfile técnico, não iria para o desfile das campeãs, porque iria viajar, e ofereceu para ela duas fantasias, que ela e o namorado tinham usado, caso ela quisesse ir no desfile das campeãs. A Fê não pensou duas vezes e aceitou na hora; eu também não titubeei e pulei fora daquela encrenca, e assim chamamos a minha irmã para ir ao desfile.

A fantasia era de índio, e era formada por uma saia, um cocar, duas pulseiras, duas tornozeleiras e uma peça enorme nos ombros. Bonita e bem feita, embora exibisse as marcas do uso no desfile técnico. Mas, como era dada, ninguém estava nem aí para isso. Na hora de montar, porém, surgiu um problema: um dos ilhoses da saia tinha arrebentado, e a peça era grande demais para a Fê. Foi preciso dar duas voltas, e usar uma corda de alpinista improvisada como cinto, para que ela coubesse. O segundo problema veio depois de tudo montado, quando percebemos que a peça dos ombros era tão grande (praticamente do tamanho da envergadura da Fê) que ela não cabia no elevador. Foi preciso desmontá-la, mas, para isso, era necessário tirar também o cocar.

Essa brincadeira de montar e desmontar a fantasia levou tempo, e quando percebemos as meninas estavam em cima da hora para o desfile, que seria o primeiro das escolas do Grupo Especial – para quem não sabe, no desfile das campeãs as escolas do Grupo Especial entram em ordem decrescente de classificação, da sexta para a primeira. Peguei as duas, coloquei-as no carro, ajeitamos as fantasias como deu e partimos para o metrô, que era o jeito mais rápido de se chegar à Marquês de Sapucaí. Na época, a estação mais próxima do Leblon era a Cantagalo, e para chegar até lá era necessário passar pela Lagoa, o que, apesar de ser um trajeto curto, não seria rápido, por causa das pessoas na rua. Mas chegamos, e elas foram embora, o que encerrou o meu trabalho. Voltei para a casa da minha sogra e fui acompanhar o desfile pela televisão.

Os eventos que vou contar agora foram relatados pelas próprias protagonistas.

A concentração das escolas é feita na Avenida Presidente Vargas. Para organizar a entrada delas na Marquês de Sapucaí, elas se alternam em dois sentidos opostos: o prédio dos Correios, no sentido Praça da Bandeira, e o “Balança Mas Não Cai“, edifício próximo à Central do Brasil, sentido Candelária. Quando ambas as Fernandas chegaram no Sambódromo, a Vila já estava entrando, mas, como elas vieram da estação do metrô, e a escola estava concentrada para o lado do “Balança”, nenhuma das duas viu que a ala em que elas deveriam desfilar ainda não havia entrado, porque ela estava para lá da entrada da pista e alguém, ao vê-las chegando, gritou “corre”. Assim, elas, correndo por causa do atraso e por causa da ordem que ouviram, entraram na avenida sem nem saber para onde estavam indo.

Um diretor de harmonia da escola gritou tentando chamar as duas para que elas corressem para o lugar certo, mas só a minha irmã ouviu; a Fê continuou correndo como se não houvesse amanhã. Ela teria corrido mais, se a bendita da peça dos ombros não tivesse enganchado em uma baiana que evoluía na concentração, dentro da pista, e com isso ficaram as duas ali, rodando: a baiana fazendo seus passos; a Fê girando em torno dela, como se fosse um satélite em torno de um planeta. A baiana gritava “me solta, menina!”, e a Fê respondia “não posso, estou presa!” Ficaram assim até que as fantasias se soltaram, após o que a Fê voltou a correr, próximo à cerca que separa a pista das arquibancadas. De repente ela tropeçou, e ao olhar para frente percebeu que não havia nada nem ninguém. “Cadê a escola?!”, ela se perguntou, intrigada, sem entender onde estava. Ela até pensou em correr mais, achando que a Vila Isabel estava mais à frente, mas decidiu retornar, porque não via nada até a Apoteose.

Paralelamente, Fernanda, que havia parado quando o diretor de harmonia gritou, viu que a Fê seguiu em frente e entrou em pânico. Afinal, o dinheiro, o celular e o bilhete de volta do metrô dela tinham ficado no bolso da bermuda da Fê, que agora tinha desaparecido no meio de uma escola de samba, durante um desfile, em pleno Sambódromo. O que fazer? Quando e como elas conseguiriam se reencontrar ali, naquela confusão de gente e barulho?

Voltando à Fê, ela se recompôs e entendeu que tinha ultrapassado a escola inteira, e tropeçara em um integrante da Comissão de Frente, que, vestido de macaco, executava sua coreografia normalmente. Preocupada, e ainda um pouco confusa, ela voltou, procurando a Fernanda, até que se assustou com um grito bem ao lado dela: era o puxador de samba, no carro de som. Nisso, um outro diretor de harmonia apareceu, desesperado, perguntando que ela fazia ali, e mandando-a voltar para a ala certa, que a Fê não fazia a mínima ideia de qual era. Ela voltou a andar, procurando quem estaria com fantasias iguais à dela, e por pura sorte, foi vista pela Fernanda, que estava desfilando na borda da ala, na esperança de achar a cunhada. E achou! Tomada de alívio, ela segurou a Fê pelo braço e a puxou para dentro da ala, e só assim ambas conseguiram curtir o desfile.

Confesso que não vi nada disso pela televisão, só fiquei sabendo do ocorrido quando as duas voltaram. Também não consegui encontrar um vídeo disso no Youtube, mas eram outros tempos, esses registros ainda não eram tão comuns. De qualquer maneira, se algum leitor tiver tido a sorte (ou não) de presenciar essa história, por favor, conte ou mande o arquivo para mim! E ainda bem que isso aconteceu no desfile das campeãs – imagina só o furdunço que seria se isso tudo tivesse acontecido no desfile técnico? Ainda bem que eu não morava em Vila Isabel, senão eu teria de sair fugido de lá!

75.000

Ontem, dia 7, o blog alcançou a marca de setenta e cinco mil visitas desde a inauguração, há quatro anos e quatro meses. São 75.018 acessos até o momento em que escrevo este post. Não vai mudar a vida de ninguém, nem a minha, mas é um número “redondo”, e eu gosto de marcas assim, sempre gostei. Pretendo fazer uma comemoração mais efusiva qunado atingir os cem mil visitantes, o que, se tudo continuar como está, vai acontecer ainda este ano.

São, em média, 1.415 acessos por mês, ou 47 visitas por dia desde o post inaugural, no já longínquo e empoeirado 26 de setembro de 2008, quase um ano antes de João Guilherme nascer (o tempo voa mesmo). Vale lembrar, só para constar, que o blog engrenou de verdade só em 2010, depois de um ano e pouco de atividade muito mequetrefe. Esse período tão fraco em termos de produção, claro, puxou a média de visitações para baixo.

O WordPress não fornece estatísticas muito completas sobre a origem dos visitantes do blog; a data mais antiga disponível é o dia 25 de fevereiro de 2012, quase um ano atrás. Não tenho como saber, portanto, de onde o pessoal veio antes disso, mas de lá para cá tive visitantes de vários países interessantes, como Camboja, Sri Lanka, Chipre, Vietnã, Barbados, Bósnia-Herzegovina… veio gente até de Jersey! Só faltou mesmo um visitante do Timor Leste, porque o Timor é o meu amor.

Em destaque, os países de onde vieram os visitantes do blog no último ano

Em destaque, os países de onde vieram os visitantes do blog no último ano

Eu acho isso muito legal, fico contente em saber que, de repente, pessoas de lugares tão distantes acabam, por algum motivo, parando neste blog. Todos são bem vindos, podem chegar que a casa é de vocês!